História da SPPel
História da SPPel
Com o patrocínio da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ - RIO II), um grupo de psicanalistas, os Drs. Sérgio Roberto Abuchaim, Paulo Luis Rosa Sousa, Alberto Abuchaim e Bruno Salesio da Silva Francisco, foi fundado em 17 de maio de 1987 o Núcleo Psicanalítico de Pelotas. Os dois primeiros fundadores eram provenientes da Associação Psicanalítica Argentina (APA) e os dois últimos didatas da SBPRJ. O Núcleo Psicanalítico de Pelotas constitui-se como um ramo (branch) do Instituto de Psicanálise da SBPRJ. O Coordenador Administrativo do Núcleo foi o Dr. Aloysio Augusto D’Abreu e o Coordenador Didático foi o Dr. José Hamilton Gonçalves de Farias, ambos psicanalistas Didatas da SBPRJ.
Após a seleção dos dez primeiros candidatos, realizada no Rio de Janeiro, começaram os seminários teóricos em Pelotas, ministrados por professores vindos da SBPRJ. As análises pessoais eram feitas com analistas residentes em Pelotas, com um analista residente em Porto Alegre, Dr. Alberto e com o Dr. Bruno Salesio que começou a analisar pretendentes à Formação Psicanalítica vindo a Pelotas às sextas-feiras e sábados, a partir do segundo semestre de 1987. A idéia de formar uma instituição vinculada diretamente à International Psychoanalytical Association – IPA tornou-se possível quando o Dr. Bruno passou a residir em Pelotas, a partir de janeiro de 1988, conforme exigência dos regulamentos da IPA. Um Site Visiting Committee, constituído pela Chair Dra. Inga Villarreal da Sociedade Psicanalítica da Colômbia e pelo Dr. Isidoro Berenstein da Associação Psicanalítica de Buenos Aires-APdeBA visitou o Núcleo Psicanalítico em janeiro de 1988 para os levantamentos e avaliações regulamentares.
Em 04 agosto de 1987, no 35º Congresso Internacional de Montreal, o Núcleo Psicanalítico de Pelotas foi reconhecido como Study Group da IPA (Grupo de Estudos Psicanalítico de Pelotas - GEPP), com o decisivo apoio do presidente Dr. Robert Wallerstein. O subseqüente Sponsoring Committee, designado pela IPA e formado pelo Chair Dr. Isidoro Berenstein, pelo Dr. Aiban Hagelin (da Associação Psicanalítica Argentina-APA) e pela Profª. Marta Nieto Grove (da Associação Psicanalítica Uruguaya-APU), convalidou, no início do ano seguinte, o trabalho realizado sob os auspícios da SBPRJ e ratificou a função didática dos quatro analistas fundadores. Com o falecimento do Dr. Sérgio Roberto Abuchaim, em março de 1990, veio residir em Pelotas o Dr. José Luiz Meurer da SBPRJ como analista didata. Em janeiro de 1993, o primeiro candidato concluiu sua Formação Psicanalítica.
Em 02 de agosto de 1995, no 39º Congresso Psicanalítico Internacional de São Francisco, fomos reconhecidos como Sociedade Psicanalítica de Pelotas (Provisória). O Liaison Committee era formado pelos Drs. Reggy Serebriany – Chair (APdeBA), Blanca Montevechio (APA) e Dr. Roberto Doria de Medina. Um segundo Liaison Committee, designado em 2000, era formado pela Chair Profª. Matilde Ureta de Caplansky (da Sociedade Psicanalítica do Peru-SPP), Dra. Eva Ponce de León de Masvernat (APA) e Dr. David Nelson López Garza (da Associação Psicanalítica do México-APM). Em 10 de março de 2004, no 43º Congresso Internacional de Psicanálise realizado em New Orleans, fomos reconhecidos como Sociedade Componente da IPA.
Até o momento houve nove turmas de candidatos, 21 analistas foram qualificados, 21 candidatos estão em andamento nas suas formações e 11 candidatos desligaram-se. Nossas atividades rotineiras incluem reunião científica semanal, grupos de estudos, atividades voltadas para a comunidade, formação em psicanálise pelo Instituto Sérgio Abuchaim, participação em congressos nacionais e internacionais e publicação de trabalhos. Alguns de nossos membros trabalham em Universidades locais e ministram aulas sobre psicoterapia na Sociedade Científica Sigmund Freud. Temos os seguintes Departamentos: Criança e Adolescente, Comunidade e Cultura, Comitê de Psicanálise de Mulheres e Comitê de Família e Casal. Historicamente, fomos a primeira instituição psicanalítica do território nacional que se instalou fora de uma capital.