Nossa Sociedade atual, começou como um branch do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, em 1987 e Study Group da IPA em 1988. Entre os quatro fundadores, dois eram colegas locais, de Pelotas, que haviam feito a formação psicanalítica em Buenos Aires e outros dois colegas haviam feito a formação na Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Os colegas originados do Rio haviam feito Observação da Relação Mãe-Bebê no seu currículo. Atualmente contamos com trinta e nove Membros, sendo vinte e dois Candidatos e dezessete Analistas (treze membros titulares e quatro membros associados). Tivemos nove turmas para Formação.

Desde quando começamos a pertencer à IPA, um grupo de colegas atendia crianças e adolescentes. Mesmo antes de nossa filiação à IPA, estes mesmos colegas já trabalhavam com crianças e adolescentes. Nossa primeira e segunda turmas de Candidatos realizaram Observação de Pais e Bebês. Tivemos quatro colegas analistas reconhecidos pela IPA, como analistas de crianças e adolescentes, na cláusula do Direito do Avô. Um deles se formou em Buenos Aires. Posteriormente restou um só, em função de troca de Sociedade. Entre 1995 e 2009, alguns colegas faziam supervisão de análise de crianças e adolescentes com colegas de Montevideo. Nos anos de 2000 a 2005, um sábado por mês, o Dr. Gonzalo Varela Viglietti, da Asociación Psicoanalítica Uruguaya-APU viajou para Pelotas, a fim de dar seminários sobre Análise de Adolescentes. Ele era um analista reconhecido pela IPA, para esta função. Inicialmente esta atividade estava planejada para seis meses e durou seis anos. Além de seminários teóricos, Dr. Gonzalo deu supervisões individuais ao grupo, composto por dez pessoas, entre candidatos e analistas.

Nos anos de 2005 a 2009, um sábado por mês, a Lic. Carmen Médici de Steiner, também da APU e reconhecida como analista de crianças e adolescentes pela IPA, iniciou um trabalho de seminários e supervisões conosco, previsto para um ano, mas que durou cinco anos. Seus seminários e supervisões clínicas, em grupo ou individuais, foram de análise de crianças. Também deu supervisões individuais e coletivas sobre análise de crianças. Em 2005 foi criado um Departamento de Crianças e Adolescentes, que realizou algumas Jornadas. Hoje temos dois analistas de crianças e adolescentes reconhecidos pela IPA e outros três que trabalham com crianças e adolescentes.

Há cinco colegas candidatos que trabalham intensamente com análise de crianças e adolescentes. Redigimos um Regulamento para Formação de Analistas de Crianças e Adolescentes, dentro das exigências mínimas da IPA. Será solicitada a avaliação e aprovação pela IPA. Estamos em vias de solicitar Formação Integrada. Entre 2021 e 2022, a Dra. Eliana Rache, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, ministrou mensalmente um Curso sobre análise de Crianças, para treze participantes. Temos realizado duas Jornadas anuais, em média, sobre Psicanálise de Crianças e Adolescentes. No Regulamento do nosso Instituto, um dos casos de supervisão oficial pode ser de análise de criança ou adolescente.

Pelotas, 07 de maio de 2024
Psicóloga Elizabeth Anderson Madrid Francisco
Diretora do Departamento de Psicanálise de Criança e de Adolescente